terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

CASO OFIRNEY SADALA


De acordo com o relato do genitor de Ofir Sadala (22), o conhecimento do fato “me foi repassado por telefone, eu não estava em casa..., Estava em um evento social e me pediram que fosse rápido para casa, porque Ofir estava sendo preso pela polícia”. Ao chegar no local, o Oficial de Registros disse: “Já encontrei meu filho preso e algemado no chão como um porco, e pedi para que parassem de agredi-lo, pois estava imobilizado e sem esboçar reação”, descreveu.
 
Durante alguns instantes, “o dialogo estava difícil entre eu e o Sargento Pereira, que ainda chegou a me empurrar e constantemente pegava na arma, ...eu pensei que pudesse disparar contra mim ou contra meu filho, foi então que decidi tentar acalma-lo e pedi que resolvêssemos tudo ali mesmo, pois o que havia ocorrido era apenas uma infração administrativa, o que não necessitava de prisão, nem tão pouco de recolhimento do veículo”, relatou Ofirney Sadala.
 
Segundo o pai do infrator, o clima foi temporariamente acalmado com a chegada da VTR 0515, onde o oficial solicitou que o Sargento retira-se as algemas do pulso de Ofir Sadala.
 
A alegação que “meu filho cometeu o crime de trânsito por não possuir habilitação, é considerado uma infração, não crime! E não poderia proceder daquela forma, bem como, não poderia remover o veiculo, pois o mesmo estava estacionado em frente a minha residência, e também não estava colocando em risco a vida de terceiros, como alegado pelo policial, pois podemos observar que o veiculo é rebaixado e não haveria como exceder velocidade, nem tão pouco havia passado próximo a escola ou hospital que teriam grande movimentação”, alegou Ofirney Sadala.
 
Como pai, continuou Ofirney, “eu agi de forma intempestiva por chegar e ver meu filho naquela situação, além disso, eu não havia tido acesso as imagens das câmeras de segurança”, disse.
 
Quanto as agressões verbais proferidas contra a guarnição, em especial, ao Sargento Pereira, Ofirney disse: “quando subi para minha residência e tive acesso rápido as imagens dos momentos antes de minha chegada e ainda observava meu filho sendo agredido pelos policiais, meu comportamento alterou e creio que de qualquer pai na minha situação, e comecei a exigir dele quem respeitasse meu filho como gente, e não como porco, além de dizer que não ficaria assim, e que tiraria a minha farda, pois como juiz e promotor que já fui,...não me permitiria ver uma injustiça e ficar calado”.
 
O Oficial de Registros continuou dizendo que: “eu eduquei meu filho de forma rígida e jamais apoio o errado, ele errou! E deve pagar por isso. Não posso aceitar o que considero abuso, afinal meu filho sempre me acompanhou onde fui designado para atuar na esfera judicial e sou para ele como um pai e mãe....(choro) e foi difícil ver aquilo sendo feito a ele (Ofir)”.
 
Perguntado pela reportagem sobre as agressões verbais proferidas contra a guarnição e que foram registradas na 1ª Delegacia de Polícia de Santana, o genitor de Ofir Sadala, disse: “tenho consciência e responsabilidade que irei responder e irei responder por desacato, meu filho terá e vai responder pela infração que cometeu e se for condenado irá pagar pelo que cometeu, pois se fosse eu o julgando eu o condenaria pela infração que cometeu! Não aceito e não concordo com a atitude de Ofir, e irá responder e assumir por seu ato”.
 
Perguntado se houvesse oportunidade de ficar novamente frente a frente com a equipe que abordou seu filho Ofir Sadala, o que teria a dizer a eles, Ofirney Sadala revelou: “Pediria para que pedissem demissão, pedissem demissão! Ou mudassem radicalmente de conduta, pois acredito na força e importância da Polícia Militar e sei do valor que tem! Quando fui promotor sempre tive o apoio firme e importante da policia. Quando fui juiz também tive o apoio da policia no cumprimento da lei e do dever! Jamais posso generalizar a instituição, mas irei procurar meus direitos e do meu filho e pagarei o que de fato a justiça avaliar e sentenciar”, desabafou.
 
Quanto a conversa que teve com o filho sobre o fato, Ofirney Sadala descreveu”.... ainda não conversei com ele, pois ainda estou muito abalado, minha vontade diante da situação e do fato é de dar uma surra nele, pois não foi essa a educação que dei!! E quero finalizar dizendo quem nunca dei carro algum ao Ofir Sadala como está sendo divulgado, o que fiz foi comprar um equipamento de som para ele, e quando ele postou foi ao lado de uma caminhonete, e a frase que Ele postou nas redes sociais foi: meu pai me deu, mas não dei o carro, apenas o som, o veiculo era de um sobrinho e isso posso provar!”, finalizou.

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